Startup: inovação é a sua alma, mas é preciso mais para se manter relevante

A necessidade de transformação e modernização para atender ao povo é a porta de entrada para as startups – mas elas precisam entender e atender as demandas do setor público
Até por respeito à sua própria natureza, as startups devem perseguir sempre a inovação. Mais adaptadas a essa linha do que as organizações tradicionais, e também por serem mais compactas e focadas, elas conseguem criar novas abordagens, redesenhar modelos de negócio e aprimorar soluções. A questão é que, para crescer e se manter relevante, uma startup também precisa olhar para si mesma e buscar melhorias. Como uma certificação, por exemplo.
No caso do GovTech, tema deste nosso blog, esse tipo de validação já existe – e mostra ser uma chancela ideal para os empreendedores digitais que buscam negócios com prefeituras e outros órgãos de governo. Há pouco tempo, o BrazilLAB, organização liderada por mim e que nasceu justamente para conectar startups ao poder público, lançou o Selo GovTech como uma forma de facilitar ainda mais a aceitação de ferramentas tecnológicas por governos.
O Selo GovTech do BrazilLAB funciona como uma certificação independente que avalia e reconhece as startups aptas a solucionarem os desafios da gestão pública moderna. O Selo, além de certificar, tem uma outra função: garantir que as startups que recebem o certificado passem a fazer parte de uma rede com acesso a diversas conexões e benefícios que apoiarão seu relacionamento com gestores e governos parceiros do BrazilLAB – abrindo novos caminhos para os negócios e, como mencionado, se mostrando opções seguras aos serviços públicos brasileiros.
As startups interessadas já têm acesso a uma plataforma de inscrição – www.selo.brazillab.org.br – e, após pagamento de taxa e aplicação por formulário com perguntas sobre a atuação da empresa, elas seguem um procedimento de avaliação completo.
A certificação concedida pelo BrazilLAB às startups foi criada com base nas experiências e conhecimentos da equipe do hub ao longo de três anos de trabalho – além da mentoria de consultores e especialistas externos que apoiaram a construção dos critérios de avaliação.
A ideia nasceu com a meta de que o Selo seja um marketplace de soluções inovadoras para o governo – startups certificadas compõe um portfólio acessado por gestores públicos buscando soluções inovadoras – e estimamos cerca de 2 mil empresas brasileiras que podem ser impactadas por esse mercado. Oportunidades, existem muitas.
Startups, poder público – todos precisam de processos e inovação
Quando se fala no setor privado, sabemos que inovar é preciso para que a empresa sobreviva à competitividade em seu mercado de atuação (qualquer que seja ele); a concorrência praticamente força a inovação. Já no setor público, não há concorrência direta – e um município, estado ou a esfera federal não deixam de existir se demorarem a inovar. Mas perdem. Perdem muito.
E apesar de não existir competição nesse segundo caso, os governos acabam sofrendo, sim, uma pressão social pela prestação de diversos serviços públicos de qualidade, mais ágeis, seguros e acessíveis online.
Essa necessidade de transformação e modernização para atender ao povo é a porta de entrada para as startups. Mas as startups precisam entender e atender as demandas do setor público e certificações como o Selo GovTech são chancelas importantes.
Alguns dos maiores erros que startups cometem têm tudo a ver com isso. Negligenciar documentações, por exemplo, impede uma atuação apropriada no mercado. Acreditar que esse estilo "mambembe" é um mero detalhe no mundo dos negócios digitais é igualmente ruim. Ignorar os padrões legais, deixar de apresentar dados organizados e de elaborar propostas estruturadas também são obstáculos a um futuro promissor. Quem tomar o caminho certo – e certificado – terá, aí sim, entendido o real poder de ser startup.
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