Cidadãos querem serviços na palma da mão - e a Europa tem ótimas ideias
Sim, todos querem serviços ao alcance de um clique no smartphone. Serviços públicos? Mais ainda: queremos resolver o dia a dia (renovar documentos, agendar compromissos e pagar impostos, por exemplo) do modo mais simplificado possível. E esse pensamento está pelos quatro cantos do globo, sim.
É cada vez maior o número de programas de aceleração que convidam startups a pensar em GovTech e criar ou adaptar soluções para aplicação em governos – como o próprio BrazilLAB faz aqui no país. Multiplicam-se também, no Brasil e em outros países, os eventos para trocar ideias (como o GovTech Brasil, organizado em agosto de 2018 em São Paulo) e estudos que ajudam a consolidar a tendência de inovação nos serviços prestados por governos.
O relatório "The European 150 – The startups driving Europe's GovTech revolution (As 150 Européias – As startups que estão liderando a revolução GovTech na Europa") é um exemplo emblemático. A pesquisa, divulgada em novembro, apresenta um retrato detalhado de novas empresas que estão liderando a transformação digital no setor público no continente europeu – que, nesse sentido, de "Velho Mundo", tem nada.
Inovação para todos
Entre as 150, o estudo destaca dez iniciativas:
APOLITICAL: uma plataforma internacional de conhecimento para servidores públicos, permitindo que descubram e compartilhem soluções inovadoras para problemas públicos recorrentes.
ADA HEALTH: um aplicativo de saúde que usa Inteligência Artificial para permitir que usuários relatem sintomas e recebam diagnósticos médicos por meio de automação.
CARBYNE: central de comunicação de emergências que permite a cidadãos compartilhar vídeos, mensagens de voz, imagens e informações – o que é chamado de "a nova geração do 911".
CITYMAPPER: plataforma inteligente de mapeamento de cidades que usa dados de cidadãos em tempo real para otimizar rotas de transporte público e planejamentos de deslocamentos.
ICEYE: lança microssatélites na órbita terrestre para fornecer acesso a dados atualizados e confiáveis de imagens de outros satélites, podendo ser aplicado aos setores agrícola, marítimo e de inspeções.
KRY: serviço mobile de saúde que permite que pacientes agendem e realizem consultas por vídeo e foto com médicos.
MANTY: sistema que coleta e visualiza dados para ajudar gestores públicos a modelar medidas de atendimento à população.
NOVOVILLE: plataforma de engajamento de cidadãos que permite a usuários agendar serviços, relatar problemas e compartilhar opiniões e sugestões com a administração local.
SOAPBOX LABS: tecnologia de reconhecimento de voz infantil baseada em redes neurais que ajuda crianças com dificuldades de comunicação.
VALERANN: sistema de mapeamento de estradas altamente inovador para oferecer informação em tempo real e em alta resolução sobre tudo o que acontece nas rodovias.
Da saúde à educação, passando por segurança pública, justiça, mobilidade, gestão de resíduos e gestão de pessoas – todas as áreas de governo podem ser (e estão sendo) impactadas por uma nova onda de empreendedores ao redor do globo.
E assim como já aconteceu em tantos mercados, como o financeiro (com as fintechs) e de mobilidade (basta falar a palavra Uber), a disrupção provocada pela tecnologia vai acontecer nos governos também. Na nossa visão, acontece inclusive de fora para dentro – surge no setor privado e caminha para o setor público. Nada como a pressão dos cidadãos por mais eficiência para serviços públicos com maior qualidade.
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