Esta boa notícia chamada GovTech
Todos concordamos que o Brasil passou por um 2018 complexo, com um momento sócio-político para lá de conturbado. Mas procurar o otimismo e promover uma agenda positiva é sempre uma boa ideia – e uma vocação que o BrazilLAB, hub fundado há três anos, abraça com determinação. Temos que dar luz a um Brasil que já da certo. Nosso Programa de Aceleração, por exemplo, pode ser um termômetro que indica um futuro promissor.
O programa tem o seguinte objetivo: receber inscrições de startups (mesmo que iniciantes) com uma boa solução aplicável à área pública (como em saúde, educação, segurança, gestão de pessoas e outros temas); se selecionadas, elas recebem apoio de maneiras diversas para organizar o seu modelo de negócio B2G (business to government) e fazer um "casamento" das suas soluções tecnológicas com municípios, estados ou mesmo o governo federal, levando agilidade e inovação a determinado problema.
Com o programa, o BrazilLAB já acelerou iniciativas como a So+Ma, uma startup que tem como objetivo criar hábitos de reciclagem de lixo em comunidades carentes, e a MobiEduca, que se dedica a usar a tecnologia para manter os jovens do Piauí nas escolas (já que o abandono dos estudos afeta mais de 14% dos alunos no Estado, uma das maiores taxas do país segundo o IBGE).
Então, vamos às boas novas: em 2018, o Programa de Aceleração recebeu mais de 260 inscrições de startups interessadas em oferecer soluções ao setor público. Houve inclusive um aumento em relação ao ano passado – e até o final de dezembro, 30 startups serão selecionadas para modelarem as suas soluções junto ao setor público.
Mesmo diante do cenário instável que estamos vivendo, as startups e os empreendedores seguem querendo melhorar o Brasil. O número de inscrições é um ótimo indício de que a pauta GovTech – de soluções para o governo – ganha força. E essa é, sim, uma ótima notícia.
Boas ideias de toda parte
As inscrições de 2018 vieram de 22 Estados e Distrito Federal, com destaque para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Bahia. Em relação à distribuição geográfica das startups inscritas, um destaque: 95 cidades estão representadas (48 delas do Sudeste, 18 do Nordeste, 16 do Sul, 7 do Centro-Oeste e 6 do Norte do país). Houve ainda inscrições internacionais.
Nós notamos também que mais empresas chegaram em estágio "maduro", ou seja, já melhor estabelecidas, mais evoluídas como modelo de negócio. Esse é um indício positivo: prestar serviço ao poder público já é algo visto como possibilidade real, não mais aquele jogo de cartas marcadas. E é uma observação valorosa que a tecnologia pode não apenas descomplicar o país, mas fazer isso de uma maneira mais segura, coletando dados que baseiem nossas ações, economizando tempo e dinheiro.
O foco do GovTech, aliás, é esse mesmo: que o cidadão seja o motivo central das decisões, que a vida dele seja facilitada e não travada, que a comunidade ganhe força e seja atendida com eficiência. Nesse momento, o Programa de Aceleração está definindo as empresas selecionadas e a grande vencedora. Voltaremos a falar de todas elas, descrever seus exemplos e ideias e falar sobre GovTech todas as semanas. Por um Brasil muito, muito mais descomplicado.
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